segunda-feira, 17 de maio de 2010

Amor de mãe tambem está na educação !

Sou do tipo mãe coruja, acho que como todas as mães são, mas tenho os meus limites, e tento caminhar dentro deles.
É difícil chegar nesse consenso, saber quando a gente deve ser mais que mãe, ser educadora a cima de tudo. Pois já vi mães que se esqueceram que a maior responsabilidade que temos é de educar, que o amor está em todas as nossas atitudes.
Por muito tempo trabalhei, e passei a maior parte do tempo longe da Lu, que teve a sua criação divididas com a minha mãe e com a minha sogra. Elas sempre foram as avós, e eu sempre dei o meu jeito para suprir as necessidades de filho e mãe, antes de ir para escola ela ficava com a minha mãe, ai quando eu chegava levava no parquinho, dava banho, comida, assistíamos filmes, depois com a chegada do Be, a Lu começou na escola, ai deixava a Lu com a sogra e o Be com a minha mãe, voltava voando e cuidava do Be e curtia os dois, e assim fomos levando da maneira que podíamos, final de semana todo era juntos, e assim é até hoje. E mesmo assim conto com a intromissão da família na criação, mas todos sabem de minha dedicação e a educação é minha responsabilidade e isso é claro por aqui, no entanto eu já tive problemas, porque eles são exatamente do jeito que educo. Porque como sempre tem gente que discorda de algumas coisas, mas o que me importa é eu estar certa. Não aposto na educação baseada em cima da vida atual, se vivemos em um mundo violento, ensino ao meu filho a bater, e a minha filha a revidar. Esse é um ponto que encontro divergências dentro da família. E hoje estou sem trabalhar e sou mãe 24 horas por dia, ainda compartilho a convivência com as avós, mas tomo todas as rédeas da situação, sou do tipo que conversa, falo o lado bom e o ruim, dou chances, e se precisar dou uma palmada, nada com raiva, mas quando passam dos limites. E o meu limite de mãe até que é bem razoável.
Nunca escondi nada dos meu filhos, mas de alma forma acho desnecessário certos assuntos ainda mais quando se trata de violência de todos os tipos, a Lu e uma menina medrosa e por um período chegou a ser paranóico com relação a violência, medo de andar na rua, de ver eu e o pai saindo á noite, e por esse motivo também é que entendi que eu precisava respeitar o jeito dela, mas que também poderia ajuda-la a lhe dar com isso. E consegui, até que hoje ela é mais tranquila, mas ainda medrosa, mas isso faz parte da personalidade dela.
Já o Be é mais corajoso, e muito observador, e morar no Rio de Janeiro e não ser atingido pela violência diretamente é uma sorte, e ele presenciou uma tentativa de assalto e mesmo que eu tivesse tentado evitar que ele visse ou  ao menos disfarçar ele guardou na memoria o que viu e sentiu, mas apenas lembra da situação quando passa no local ou ouve o nome do local. Ele também é uma criança doce, é um menino que dificilmente briga com um amiguinho, muitas vezes apanha e isso já foi motivos de discussão em casa, e eu continuo ensinando que o melhor mesmo é evitar a briga, se o amigo bater nele, ele deve avisar a mim ou ao responsável por ele no momento, caso esteja sozinho sai de perto, ele é pequeno, e recebe muito carinho em casa, eu não bato, como eu já disse, apenas em situações extremas, o que eu nem sei colocar aqui em que situação seria. E como já aconteceu de ter problemas com um amiguinho em especial, depois de tentarmos várias maneiras para que o amiguinho não agisse com violência, que eles conseguissem brincar, vendo que isso não foi possível, agora ele evita a companhia do amiguinho, não deixamos de frequentar os mesmos lugares, apenas o Be não brinca mais com ele, ate que o amiguinho passe dessa fase. Porque não são todas as mães que enxergam a situação.
Eu entendo que nós mãe temos por instinto defender nossos filhos com unhas e dentes, mas eu acredito que conhecer um filho é primordial conhecer suas qualidades e defeitos, eu sei que é difícil, mas quando chegamos a esse entendimento é muito fácil educar.
O Be não é uma criança violenta, e isso é uma qualidade, mas não estou falando isso porque é meu filho, é porque eu nunca tive problemas com ele em relação a isso, mas é um menino grosso nas brincadeira, ele quando me abraça abraça com vontade, ele é chorão, e sempre que alguém fala algo que o envergonha ou alguma criança o machuca ele chora e isso é uma dificuldade que espero que ele supere. Eu também sei que ele precisa a prender a se defender sozinho, mas não consigo aceitar que ele precise aprender a bater para revidar uma agressão, ele é pequeno tem 4 anos, e como eu por incrível que pareça não tenho esse tipo de problema no nosso dia á dia ai fica mais difícil de colocar a situação.
Pois então, mãe é cuidar, educar e amar, sabendo que nossos filhos também podem errar, e que vão ter que aprender, e o que eu puder ensinar, eu vou dar o melhor de mim.

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